Ao contrário do que muitos acreditam, a osteopenia não é uma doença, mas uma condição pré-clínica, ou seja, um sinal de alerta. Sua identificação aponta para a perda gradual de massa óssea, o que pode levar ao desenvolvimento da osteoporose. Assim, a osteopenia é o primeiro sinal de atenção com a saúde dos ossos.
O que causa a osteopenia?
A osteopenia começa com o desequilíbrio entre as células que fazem a absorção e a regeneração do tecido ósseo. Esse cenário piora com a menopausa, pois há uma queda na produção de estrogênio — hormônio responsável pela fixação do cálcio nos ossos.
A idade também é um fator importante nesta equação, pois a perda de massa óssea é um processo natural do envelhecimento. Mas pacientes com histórico familiar de osteopenia e osteoporose, que fizeram uso prolongado de medicamentos à base de corticosteroides, possuem histórico de faturas, peso corporal muito alto ou muito baixo e são sedentários e tabagistas precisam de acompanhamento regular.
Densitometria óssea pode identificar a condição
A densitometria óssea é o melhor método de imagem para avaliar e diagnosticar a presença da osteopenia. Simples e rápido, o procedimento é capaz de medir a densidade mineral óssea do paciente. Para isso, concentra-se na análise das partes do corpo mais suscetíveis a fraturas — fêmur, vértebras e pulso.
Existe tratamento?
Não é possível reverter a desmineralização sofrida pelos ossos, mas o tratamento pode ajudar a controlar a condição e impedir que ela evolua para a doença, a osteoporose. Para isso, podem ser utilizados suplementos para corrigir a deficiência mineral.
Contudo, a principal indicação para lidar com a osteopenia é por meio de mudanças no estilo de vida. Assim, o paciente precisa abandonar o cigarro, praticar exercícios físicos para estimular a absorção de cálcio e vitamina D e alimentar-se corretamente com uma dieta rica neste mineral.
Prevenção é o melhor caminho
O melhor caminho para evitar a osteopenia é a prevenção. Se a condição evoluir para a osteoporose, o paciente corre o risco de fraturas e problemas associados, como o diabetes. Além de ter de conviver com as limitações causadas pela doença, o que diminui a qualidade de vida.
Por isso, repense seus hábitos, especialmente se estiver entre os fatores de risco. Mulheres na menopausa precisam discutir com seu médico ginecologista o melhor plano de reposição hormonal e realizar exames de densitometria óssea para avaliação da saúde dos ossos.